RASGO TODAS FOTOGRAFIAS,
NUM DESESPERO SOBRENATURAL
DE DELETAR TODOS REGISTROS QUE LEMBREM
TODA SIMULAÇÃO QUE ACUMULAVAM
EM PÁGINAS COMPONDO NOSSA HISTÓRIA.
QUANTAS VEZES, FIZ-ME
DE SURDO
AS CRÍTICAS A SUA IMPERFEIÇÃO?
MUDO PARA NÃO EXPOR TODOS PENSAMENTOS TORPES
QUE ME SUFOCARAM POR UM TEMPO TÃO LONGO
QUE SÓ UM CORAÇÃO ENGANADO PODERIA SUPORTAR.
CEGO PARA NÃO SOFRER COM SUA TOTAL DESATENÇÃO
A TODOS RESSENTIMENTOS QUE NOS CERCAVAM
COMO FANTASMAS A NOS ASSOMBRAR.
NÃO SOU MAS O MESMO
DESDE QUE NOSSOS
CAMINHOS SE ENTRELAÇARAM,
CONFUSO AOS POUCOS
MORRI.
DEIXANDO AO LONGO DO CAMINHO PEDAÇOS:
DO MEU ORGULHO, DA MINHA FÉ,
DA ESPERANÇA QUE ME IMPULSIONAVA A CAMINHAR.
JUNTO O QUE RESTOU,
E VEJO DE QUE NADA MAIS SERVE,
É INSUFICIENTE.
OLHO PARA TODOS OS LADOS,
NUM LABIRINTO DE ESPELHOS,
PERDIDO...
JÁ NÃO ME RECONHEÇO MAIS.
HÁ MARCAS PROFUnDAS,
QUE SE MISTURA COM O TEMPO.
LUTO...
MAS NÃO TENHO FORÇAS.
ONDE ESTÁ AQUELA FELICIDADE ,
TÃO CELEBRADA?
APOSTEI ALTO NESTE JOGO DA VIDA
PERDI.
E HOJE SÓ ME RESTA O RECOMEÇO
DE UMA ESTRADA QUE DESCONHEÇO,
SEM SABER ONDE VAI DAR...
E ASSIM, SIGO...
EXAUSTA, SENTINDO O PESAR DO TEMPO.
TEMPO QUE SEGUE...
SEM TRÉGUA.
SIGO... CAMINHO, APREENSIVO.
PORÉM MENOS INGENUO QUE ANTES.
